Uma captação de órgãos foi realizada no Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho, na quinta-feira (3), com objetivo de destinar um fígado, dois rins e duas córneas para três pessoas diferentes. O procedimento visa dar continuidade à vida dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que aguardam na fila de espera. Os órgãos terão destinos diferentes, o fígado segue para o estado do Acre, rins para São Paulo e Goiás e as córneas foram encaminhadas ao Banco de Olhos em Rondônia.
A coordenadora do Serviço de Transplantes da Fundação Hospital do Acre, Valéria Monteiro, enfatizou sobre o serviço, “o estado de Rondônia é uma referência na Região Norte em doação de órgãos. Por isso, nós agradecemos ao governo do estado, através da Central Estadual de Transplantes, pela parceria, pois traz um ganho para toda a região e possibilita salvar vidas. Há um grande desafio logístico para garantir a captação do órgão que será implantado, mas com o apoio de todos os envolvidos, continuaremos avançando para devolver qualidade de vida àqueles que precisam”, salientou.
ATO SOLIDÁRIO
O titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Jefferson Rocha, destacou a importância do procedimento para as vidas que esperam um sim. “Muitas pessoas aguardam ansiosamente por um transplante na fila do SUS. Quando os familiares decidem com um ato solidário dizer sim para doação, não estão apenas salvando vidas, mas estimulando a conscientização para a importância da doação de órgãos.”
DADOS DO DOADOR
Segundo a enfermeira da Central de Transplantes de Rondônia, Renata Restier, quando ocorre a doação de um órgão ou tecido, o doador passa por exames, cujos resultados são inseridos no Sistema Informatizado de Gerenciamento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Esse sistema cruza os dados do doador com os dos receptores, listando em ordem decrescente os candidatos mais compatíveis. Esse processo é chamado de distribuição de órgãos, sendo de responsabilidade exclusiva da Central de Transplantes (CET).
Embora o sistema de transplantes e a fila sejam nacionais, a distribuição dos órgãos é feita de forma regionalizada. Assim, se houver receptores compatíveis na mesma região do doador, a seleção é limitada ao nível regional.
COMO SER UM DOADOR?
Para tornar-se um doador, é necessário informar seu desejo à família. No Brasil, a doação de órgãos requer a autorização familiar. As doações acontecem a partir dos doadores falecidos, pacientes diagnosticados com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), também denominado derrame cerebral.
Texto: Lara Lívia
Fotos: Márcia Fialho
Secom - Governo de Rondônia
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