A Ucrânia promoveu uma ofensiva contra o território russo na região fronteiriça de Kursk. A incursão começou na última terça-feira 6 e levou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a chamar a chamar a ação de “provocação em larga escala”.
“O regime de Kiev empreendeu uma nova provocação em larga escala, disparando indiscriminadamente com diversos tipos de armas, incluindo foguetes, contra edifícios civis, casas e ambulâncias”, disse Putin em pronunciamento na televisão.
Segundo militares russos, cerca de mil soldados ucranianos participaram da incursão em Kursk. O chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, afirmou nesta quarta-feira 7 que o ataque foi neutralizado.
O governo de Volodymyr Zelensky ainda não confirmou oficialmente o ataque, mas o governador regional Volodymyr Artiukh disse que determinou a saída de cerca de seis mil pessoas da zona fronteiriça, incluindo pouco mais de 400 crianças, segundo informações da agência AFP.
O objetivo das tropas ucranianas seria chegar à cidade de Sudja, a cerca de 500 quilômetros de Moscou. A cidade, um ponto crucial para a distribuição de gás russo à Europa, é também estratégica do ponto de vista nuclear, uma vez que está a 60 quilômetros da usina nuclear russa de Kursk.
Nas redes sociais, as tropas russas divulgaram um vídeo em que, aparentemente, um drone consegue abater um helicóptero Mi-28 russo. Ainda não é possível atestar a veracidade da gravação.
A última vez que a Ucrânia tentou avançar sobre a região de Kursk foi em março, mas o ataque não prosperou. Em regra, incursões dessa natureza costumam ser reivindicadas por grupos armados compostos por voluntários russos que se somaram às forças de Kiev.
O avanço das forças ucranianas acontece em um momento em que Putin ameaça romper linhas de defesas do país vizinho em Donetsk, no leste.
A área já é ocupada pelos militares russos e, por causa disso, Putin sinalizou que poderia usar o controle como uma ferramenta para negociar um eventual acordo de paz.
Fonte: Carta Capital
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