A estatal brasileira divulgou o balanço referente ao 2º trimestre deste ano com resultado negativo de 2,605 bilhões de reais, revertendo lucro de 28,7 bilhões de reais registrado no mesmo período do ano anterior. É a primeira vez, deste o terceiro trimestre de 2020 que a petroleira fecha três meses com prejuízo.
Em termos de lucro recorrente, a Petrobras terminou os três meses em 15,728 bilhões de reais, uma queda de 46,5% em relação aos 29,4 bilhões de reais do mesmo trimestre do ano anterior. A empresa destacou que o resultado dos meses de abril a junho foi fortemente influenciado por fatores como a adesão a um acordo tributário com o Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais) de quase 12 bilhões de reais e variações cambiais desfavoráveis.
O consenso de mercado, antecipou o impacto da negociação tributária, mas não parece ter precificado o impacto do câmbio, principalmente, nas dívidas da empresa (que tem parte dolarizada) e esperava lucro próximo a 15 bilhões de reais.
Receita total e desempenho no nercado externo
Apesar do prejuízo, a receita total de vendas da Petrobras alcançou 122,258 bilhões reais, um aumento de 7,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Desse total 36,529 bilhões de reais vieram do mercado externo, com crescimento de 54,3% e aumento de 59,7% nas exportações.
O mercado interno, no entanto, registrou queda de 4,9% na receita para 85,729 bilhões de reais, com leve aumento de 3,7% nas vendas de diesel e que da de 14,4% nas de gasolina.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado somou 49,740 bilhões de reais, recuo de 12,3%. Em termos recorrente, a linha alcaçou 62,332 bilhões reais e alta de 5,5%.
A variação cambial e os impactos financeiros
Um dos principais fatores para o prejuízo da empresa ficou com as perdas financeiras líquidas, que alcançaram 36,396 bilhões de reais, em comparação a 269 milhões de reais negativos do ano anterior. De acordo com a Petrobras, esse resultado foi fortemente impactado pela desvalorização do real no período, que caiu 11,2% no segundo trimestres deste ano.
Nos três meses imediatamente anteriores, a companhia havia registrado desvalorização média de 3,2%. A taxa de câmbio aumentou de 5,00 reais para 5,56 reais por dólar entre o final do primeiro e o encerramento do segundo trimestre.
Além disso, a companhia reconheceu despesas financeiras relacionadas à adesão à Transação Tributária, refletindo encargos e atualizações financeiras no período.
Fonte: O Antagonista
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