O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no mês passado ficou acima das expectativas dos economistas que esperavam um avanço de 0,35%, de acordo com pesquisa da Bloomberg. No mês anterior, o indicador oficial da inflação no país havia subido 0,21%.
Na leitura anual, a pressão sobre os preços ficou em 4,50% (teto da meta de inflação), contra 4,47% esperado e 4,23% nos doze meses terminados em junho. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87%.
Recentemente, houve a alteração da leitura da meta de inflação que a partir de janeiro de 2025 deverá cumprir as limitações mensalmente a partir de observações do acumulado em 12 meses e não apenas ao final de cada ano. Neste ano, porém, o Banco Central só descumprirá a meta caso termine 2024 acima do limite estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta em julho. A maior variação (+1,82%) e impacto (0,37 p.p) no índice vieram de Transportes. No grupo, o aumento da passagem aérea (+19,39%) no período liderou o avanço. O maior impacto no indicador, no entanto, ficou por conta da gasolina, que subiu 3,15% e contribuiu em 0,16 p.p. no índice.
Na sequência, o grupo Habitação com alta de 0,77% e 0,12 p.p. de contribuição para o indicador, influenciado, principalmente, pela alta da energia elétrica residencial (+1,93%). O Instituto destacou que o aumento foi impulsionado pela adoção da bandeira tarifária amarela no período, que que acrescenta 1,885 real a cada 100 kwh consumidos.
Na outra ponta, os recuos ficaram por conta de Alimentação e Bebidas (-1%) e Vestuário(-0,02%). A alimentação em domicílio registrou queda de 1,51% em julho, após alta de 0,47% no mês anterior, puxada pela variação negativa nos preços do tomate (-31,24%), da cenoura (-27,43%) e da cebola (-8,97%).
Fonte: O Antagonista
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