A partir de segunda-feira, 1 de julho, os servidores da área ambiental do Ibama e ICMbio em Rondônia devem aderir à greve nacional, que já começou em alguns estados esta semana. A principal demanda é a reestruturação das carreiras de Especialista em Meio Ambiente (CEMA) e do Plano Especial de Cargos do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA (PECMA).
Durante assembleia híbrida (presencial e virtual) convocada pela própria categoria em 20 de junho, na Sede do órgão em Porto Velho, os servidores votaram e aprovaram por unanimidade a decisão de entrar em greve.
Na reunião, estavam presentes o presidente do Sindsef-RO, Almir José Silva, e o advogado Denyvaldo Júnior, do escritório Fonseca & Assis, ambos convidados para fornecer esclarecimentos sobre os aspectos legais e consequências administrativas para os servidores que optarem por participar da paralisação.
“O Sindsef está aqui para apoiar os servidores e estamos alinhados com a escolha feita pela categoria. Há momentos em que não adianta insistir em negociações que não avançam e se prolongam por muito tempo. O Sindsef estará ao lado dos servidores durante essa nova paralisação, oferecendo o suporte e apoio necessários,” afirmou Almir José.
O movimento engloba funcionários públicos vinculados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ao Serviço Florestal Brasileiro e ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Entenda o caso
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, O presidente da Ascema Nacional (Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente, Cleberson ‘Binho’ Zavaski, explicou que a principal reivindicação é uma reestruturação completa da carreira, que já tem 22 anos. Segundo ele, a categoria sofre uma defasagem de mais de 10 anos — a última negociação com o governo e acordo assinado é de 2015, então desde 2015 não há acordo entre a área ambiental e o governo.
Falta de diálogo junto ao governo
Zavaski contou ao jornal que as negociações junto ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) se iniciaram em outubro, mas estão paradas. Ele explicou que o ministério apresentou uma proposta que foi “rechaçada em 100% das assembleias” de suas entidades locais e que, a partir disso, o MGI “rompeu a mesa de diálogo”.
“No dia 7 de junho, o governo rompeu a mesa de diálogo e disse que não marcaria uma nova reunião, a não ser que os servidores aceitassem a proposta que já tinha sido reprovada. No dia 18 de junho, nós encaminhamos um ofício — Ascema Nacional e Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef) — ratificando que aquela proposta do governo já tinha sido refutada e que, se não houvesse avanço de marcação de uma nova rodada de negociação, não teria outro caminho que não fosse o indicativo de uma greve nacional”, ressaltou.
Fonte: Sindsef
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