A janela partidária para vereadores no Rio caminha para o fim tendo como marca o fortalecimento do PSD, partido do prefeito Eduardo Paes. Como era esperado, parlamentares optaram por ingressar na sigla de quem comanda a cidade e é o favorito para vencer a eleição municipal de outubro.
Até o momento, o PSD pulou de oito para 11 vereadores, mas outras filiações podem ocorrer até o fim de semana —a data final para mudanças é o dia 6, sábado. Um exemplo simbólico é o do ex-prefeito Cesar Maia, hoje vereador, que estava no PSDB. No total, a Câmara tem 51 parlamentares.
Paes foi eleito em 2020 pelo antigo DEM, que se fundiu com o PSL e virou o União Brasil. Migrou para o PSD em 2021 e passou a reconfigurar o partido na cidade e no estado, o que foi aos poucos atraindo novos parlamentares.
O PSD pré-Paes elegeu apenas três vereadores há quatro anos, mas, com base em brechas da legislação eleitoral, outros parlamentares se filiaram ao longo do tempo e encorparam o partido mesmo antes da atual janela. É o caso do próprio presidente da Casa, Carlo Caiado, também ex-DEM.
Projeção
Para a disputa por vagas na Câmara em outubro, o PSD estima eleger uma bancada de cerca de 15 vereadores. Além dos que vão tentar a reeleição, a nominata vai ser reforçada por secretários da gestão Paes — que podem deixar o cargo até sábado, como prevê a legislação para quem pretende se candidatar.
Apesar de, no núcleo duro do prefeito, a maioria dos auxiliares ter mandato de deputado, há nomes que vão tentar vagas na Câmara. Dois exemplos são Joyce Trindade, da pasta de Mulheres, e Salvino Oliveira, de Juventude.
A nominata robusta, no entanto, também desperta a preocupação de que o grupo do prefeito repita o que aconteceu na eleição estadual de 2022, quando a competitividade interna levou à frustração no número de deputados eleitos — foram seis estaduais e apenas quatro federais do PSD no Rio.
Fonte: O GLOBO
0 Comentários