A Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Rondônia esteve reunida na tarde de terça-feira (19), no Plenarinho, da Casa de Leis, avaliando uma série de assuntos relativos ao setor educacional rondoniense.
A presidência da comissão está a cargo do deputado estadual Luizinho Goebel (PSC) e participaram também os parlamentares Ieda Chaves (União Brasil), Claudia de Jesus (PT), Delegado Camargo (Republicanos) e Doutora Taíssa (PSC).
Um ofício encaminhado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia (Sintero) foi recebido pelos membros da comissão, e uma cópia foi impressa para ser entregue a todos os deputados que participam do grupo.
Auxílio Alimentação
O deputado Luizinho Goebel falou sobre a luta dos trabalhadores da educação para que tenham igualdade de tratamento por parte do Governo do Estado. Ele lembrou que uma das reivindicações da categoria é que o auxílio alimentação tenha o mesmo valor de outras secretarias. Um exemplo, citado pelo parlamentar, é que na Procuradoria Geral do Estado, esse auxílio é de R$1.985,88 enquanto na educação, esse benefício é de R$256, 49.
“Alguns auxílios são oito vezes maior que o pago aos servidores de Educação. Isso é inaceitável”, disse.
A deputada Taíssa fez uso da palavra e pediu que fosse feito alguns requerimentos da Comissão para a Seduc, devido a falta de transporte escolar para os estudantes da região de Guajará-Mirim. Ela afirmou que em algumas localidades, esse tipo de transporte retornou, mas em outras ainda não.
Além disso, ela solicitou informações sobre o Termo de Ajuste de Conduta(TAC) entre a Seduc e o Detran-RO, e que a secretária da pasta fosse convocada para a reunião da comissão na segunda terça-feira(09) do mês de abril.
Quem também fez uso da palavra foi a deputada Cláudia de Jesus que pediu à comissão que intercedesse junto ao Governo do Estado, para que abrisse um canal de diálogo com o Sintero. Segundo a parlamentar, a direção da entidade tem tentado por várias vezes, conversar com membros do governo estadual, mas não tem conseguido essa aproximação.
“Outra questão é essa do transporte escolar, o que é gritante. Temos que ver a questão da retirada de direitos de crianças que estudavam a uma distância de 18 km da escola e hoje tem que percorrer 50 km. Nós temos o Estatuto da Criança e do Adolescente que garante o direito da criança de estudar o mais perto possível da escola. Isso não está sendo levado em consideração. A questão da mediação tecnológica está sendo imposta goela abaixo e muitos pais não estão satisfeitos com isso”, declarou.
A deputada Taíssa reforçou que a questão da educação tecnológica precisa ser revista em Rondônia, pois está causando um êxodo no campo em Rondônia. Ela relatou que muitas famílias, querendo o melhor para os filhos, estão vindo morar na cidade, por não concordarem com esse tipo de educação.
Educação Tecnológica
Já a deputada Ieda Chaves defendeu o ensino através da tecnologia. Ela lembrou que em um estado com as características demográficas de Rondônia se faz necessário o uso de ferramentas de tecnologia para dar acesso ao maior número de alunos à uma educação de qualidade.
“O ensino de tecnologia não pode ser descartado, é preciso transporte de qualidade, mas precisamos de uma região pólo para atender os alunos daquela área. Hoje, se precisarmos de um professor de matemática, não vamos encontrar, porque é difícil esse profissional. Então, eu acho que temos que apresentar soluções, pois, não adianta nada cobrarmos do Governo se sabemos qual será a resposta. O ideal não conseguiremos, mas temos que arrumar uma solução que seja perto do ideal”, pontuou.
O deputado Delegado Camargo ao falar lembrou que a educação no Brasil passa por um momento difícil. Ele afirmou que hoje o nosso país, quando é avaliado por organismos internacionais o desempenho de nossos estudantes, perdemos para países como Uzbequistão e Azerbaijão.
“De 81 nações que fazem parte desse exame internacional de Educação, o Brasil ocupa a 65ª posição. Agora, imaginem Rondônia que, segundo dados, ocupa a 15ª posição. O motivo de ocuparmos essa posição, se deve à falta de uma política de educação clara e objetiva”, criticou.,
Texto: Ivanilson Frasão I Assessoria palarmentar
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