Em uma resposta às preocupações ambientais e de saúde levantadas pela deputada estadual Cláudia de Jesus (PT), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaron) e a Casa Civil anunciaram uma série de medidas para enfrentar os impactos da pulverização aérea de agrotóxicos nas propriedades ao redor do território reivindicado pelo povo indígena Puruborá, nas proximidades da aldeia Aperoi, igarapés e do rio Manoel Correia, em Seringueiras. A ação do governo segue a preocupação com a expansão de atividades agropecuárias que ameaçam a saúde e o meio ambiente local.
Entre as providências anunciadas, destaca-se a criação de um grupo de trabalho interdisciplinar que inclui as coordenações de cadastro agropecuário/georreferenciamento, fiscalização de agrotóxicos e fiscalização de pragas de grandes culturas. O objetivo é realizar um levantamento abrangente e preciso sobre o uso de agrotóxicos nas áreas circundantes, apoiado por imagens de satélite para avaliar os riscos e impactos ambientais e sobre a saúde da população indígena.
O grupo também será responsável pela elaboração de um inventário de todas as explorações agropecuárias do entorno que utilizem agrotóxicos, além de realizar um levantamento técnico sobre as práticas de uso desses produtos. A partir dessas informações, será apresentado um relatório técnico-jurídico, estabelecendo as bases para futuras ações de fiscalização e regulamentação.
“Esta medida vem em resposta aos relatos alarmantes dos indígenas sobre a contaminação de igarapés e do rio, que têm sofrido com o escoamento de resíduos químicos das grandes plantações de soja que se expandiram nos últimos anos. A situação agravou-se em janeiro deste ano, com o aumento da pulverização aérea de agrotóxicos, levantando preocupações sérias sobre a saúde dos habitantes locais e a mortandade de peixes, um sinal preocupante de desequilíbrio ecológico”, explicou a deputada.
Por Cristiane Abreu I Assessoria parlamentar
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