Putin e Kim Jong Un, líderes da Rússia e da Coreia do Norte respectivamente, parecem estar fortalecendo laços. Como resultado, um grupo de cerca de 100 turistas russos teve permissão para visitar a Coreia do Norte este mês. Esta é a primeira vez que o reino eremita permite a entrada de turistas internacionais desde o início da pandemia de Covid-19.
Dentre os visitantes russos estava Lena Bychcova, profissional de marketing que viajou via Air Koryo, companhia aérea da Coreia do Norte, de Vladivostok até Pyongyang. A viagem de quatro dias custou cerca de US$ 750 por pessoa e contou com tradutores e guias russos em tempo integral. Segundo as regras, era estritamente proibido fotografar militares, pessoas em uniforme e edifícios em construção.
A viagem surgiu como uma oportunidade rara em meio a várias restrições de viagens enfrentadas pelos turistas russos, e apesar de eventuais ansiedades, muitos, como Bychcova, viam como uma chance única de explorar um país pouco acessível para o turismo.
O roteiro incluiu uma visita às estátuas de bronze dos falecidos líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il, na colina Mansu, o Palácio das Crianças Mangyongdae e três dias no Resort de Ski Masikryong. Os turistas tiveram regras rígidas a seguir, especialmente em relação à tomada de fotos e vídeos.
A expectativa de grande parte das pessoas que embarcaram nessa viagem era a de formar conexões com os cidadãos norte-coreanos comuns. No entanto, ao voltar, Bychcova reconhece que esse objetivo parece quase impossível no sistema norte-coreano.
As relações cada vez mais estreitas entre Rússia e Coreia do Norte alarmaram oficiais de inteligência dos EUA. A Coreia do Norte tem fornecido mísseis à Rússia durante o conflito deste contra a Ucrânia e medidas como o presente de um carro, dado por Putin a Kim em fevereiro deste ano, foram táticas possivelmente violando sanções da ONU aplicadas ao país por seu programa nuclear.
Apesar da situação política, tanto Voskresensky quanto Bychcova disseram que considerariam fazer outra viagem à Coreia do Norte no futuro – mas apenas se a situação política mudasse. “O que eu busco com o meu conteúdo é mostrar que, em qualquer lugar, seja qual for o país, são as pessoas comuns que vivem lá e temos que tratar a todos com amor”, diz Voskresensky.
Fonte: O Antagonista
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