No domingo (25), uma tragédia abalou a capital norte-americana. Aaron Bushnell, um soldado de 25 anos da Força Aérea dos EUA, ateou fogo em si mesmo em frente à embaixada de Israel em Washington. As autoridades confirmaram que o jovem, natural de San Antonio, Texas, não resistiu aos ferimentos e morreu.
Um protesto extremo em defesa da Palestina
Em um vídeo obtido pela CNN, Bushnell expressa seu desacordo com a atuação dos EUA no conflito israelo-palestino. “Não serei mais cúmplice do genocídio” – afirma o soldado – destacando que seu sofrimento é mínimo comparado ao dos palestinos, enquanto a crise humanitária persiste em Gaza. Após suas declarações, ele derrama um líquido sobre si mesmo e ateia fogo em seu corpo enquanto repetidamente grita: “Liberte a Palestina”.
Ação das autoridades e confirmação da morte
Bushnell desmaiou em meio às chamas, enquanto os policiais tentavam controlar o incêndio com extintores. Tendo sido rapidamente encaminhado a um hospital local pelo Departamento de Bombeiros de Washington, sua morte foi posteriormente confirmada pela polícia da cidade.
A identidade do jovem foi confirmada pelo Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) e o caso está sendo investigado em conjunto com o Serviço Secreto dos EUA e o Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos. Rose Riley, porta-voz da Força Aérea dos EUA, confirmou que Bushnell era um soldado da ativa.
Situação na embaixada de Israel
Segundo um porta-voz da embaixada de Israel, ninguém mais ficou ferido durante o evento. Ainda é importante lembrar que este não é o primeiro caso de autoimolação contra representações israelenses nos EUA. Em dezembro do ano passado, uma pessoa ateou fogo em si mesma em frente ao Consulado de Israel em Atlanta, em um ato classificado pela polícia como “um extremo protesto político”.
O incidente ocorre em meio a um aumento das tensões entre Israel e a Palestina. Israel tem travado uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, em resposta a ataques do grupo em 7 de outubro, que mataram, segundo as autoridades israelenses, 1.200 pessoas em Israel. Em contrapartida, quase 30 mil pessoas foram mortas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina. Este conteúdo foi traduzido do original em inglês.
Fonte: O Antagonista
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