As autoridades da Ucrânia confirmaram que o país estava sob várias ondas de ameaças de mísseis de cruzeiro e acusaram a Rússia. O número de mortos chega a pelo menos três, segundo o governo ucraniano e relatos da mídia.
“O inimigo está atacando violentamente cidades pacíficas”, escreveu Oleksandr Vilkul, prefeito da cidade de Kryvyi Rih, no sul da Ucrânia, no Telegram. Segundo ele, 15 mil moradores estavam sem energia e o transporte elétrico na cidade não funcionava.
Também no Telegram, Anatoliy Kurtiev, secretário do conselho municipal do sudeste de Zaporizhzhia, confirmou ataques à cidade, com “alguns feridos”. Na mesma plataforma, o prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhovdisse, apontou que pelo menos uma mulher ficou ferida. Ele disse que instalações industriais foram atingidas, resultando em um incêndio.
Os governos de cidades como Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Khmelnytskyi, também afirmaram que as regiões estavam sob um “ataque massivo de mísseis”.
“O inimigo louco mais uma vez atacou civis”, escreveu o governador local Serhiy Lysak no aplicativo de mensagens Telegram, alegando que Moscou “dirigiu mísseis contra as pessoas”.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kubela, disse: “O inimigo disparou dezenas de mísseis contra cidades e vilarejos”, confirmando pelo menos 33 feridos em todo o país, que sofre ainda com temperaturas entre -11°C e -20°C.
Cidade da Rússia deve ter evacuação
Temendo retaliação, as autoridades locais da cidade russa de Belgorod dizem ter recebido “1.300 pedidos” para evacuar crianças para campos escolares fora da cidade, segundo o governador regional Vyacheslav Gladkov. Ele disse que já havia estabelecido contato com seus colegas nas regiões próximas de Voronezh, Kaluga, Tambov e Yaroslavl.
Belgorod, localizada perto da fronteira com a Ucrânia, tem sido alvo de crescentes ataques ucranianos nas últimas semanas. Na manhã de segunda-feira, o Ministério da Defesa russo disse que as suas forças tinham “interceptado” um míssil ucraniano S-200 “acima da região de Belgorod”.
Num outro sinal de crescente preocupação na região fronteiriça, as autoridades locais também adiaram o regresso das crianças à escola, previsto para 9 de janeiro, para 19 de janeiro.
Fonte: Metropoles
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