Empresa de internet do bilionário Elon Musk já está presente em 96% de Rondônia

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Andreazza Noticia

Empresa de internet do bilionário Elon Musk já está presente em 96% de Rondônia

 

Levantamento do g1 mostra que no início de 2023 haviam 120 antenas instaladas no estado e, em setembro, já eram mais de 1,5 mil

Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontam que a empresa das famosas antenas Starlink já está 'operando' em 50 dos 52 municípios de Rondônia, conforme um levantamento exclusivo feito pelo g1.

A Starlink Brazil Serviços de Internet foi lançada em setembro de 2022, e a empresa tem autorização para operar 4.408 satélites, até 28 de março de 2027, para a fabricante estadunidense de sistemas aeroespaciais, transporte espacial e comunicações: a SpaceX, que tem como um dos fundadores e diretor executivo o empresário Elon Musk.

As antenas de internet contam com uma rede de satélites que orbitam o planeta em baixa altitude, o que torna mais rápida a velocidade de conexão, entre os satélites e o solo. O equipamento permite uma conexão de qualidade em lugares remotos e distantes, onde não há infraestrutura local com cabos e postes.

Atualmente a empresa de Elon Musk já tem clientes privados em 697 dos 772 municípios da Amazônia Legal, formada por Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. E somente em Rondônia já está presente em 96% das cidades.

De acordo com dados da Anatel, em janeiro de 2023 haviam apenas 120 antenas Starlink funcionando em Rondônia. A reportagem detectou que houve expressivo avanço nas instalações das antenas no estado.
  • Em abril eram 216 antenas;
  • Em julho esse número saltou para 1.213;
  • E no último mês de haviam 1.571 antenas 'operando' no estado.
Um dos maiores grupos empresariais da região Norte, a Rovema, já utiliza internet via satélite há uma década, mas segundo o gerente de tecnologia do grupo, José Ferreira, depois que passou a utilizar o equipamento Starlink percebeu uma melhoria na qualidade de navegação.

Com unidades distribuídas em zonas rurais e em áreas onde os provedores tradicionais ainda não conseguiram alcançar, as antenas Starlink são essenciais para comunicação e acesso à informação no grupo Roverma.

“Atualmente, mesmo em condições adversas como chuva ou nuvens, conseguimos manter a qualidade da conexão em nossas unidades mais distantes dos centros urbanos", diz José.

Entusiasta da tecnologia, o grupo doou uma de suas antenas para uma escola da rede municipal, a fim de contribuir com a inclusão digital na educação. Em Rondônia, comunidades indígenas também já utilizam o equipamento.

Starlink em 'mãos erradas'

O equipamento da empresa de Elon Musk possibilita avanços importantes em cidades que não tinham internet de alta velocidade. Mas a expansão da tecnologia também impulsiona atividades ilegais na Amazônia, como aponta o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos (Ibama).

Ao g1, o Ibama informou que as antenas Starlink são encontradas com frequência em áreas rurais e em dragas de garimpo ilegal, durante fiscalizações ambientais, mas que até o momento não foram apreendidos nenhum equipamento Starlink em Rondônia.

O órgão fiscalizador também ressalta que a utilização de internet via satélite, por meio dos criminosos, para comunicação em tempo real em áreas de infrações ambientais, prejudica o trabalho da fiscalização ambiental, tendo em vista a possibilidade de aviso quanto às infrações em flagrantes e quanto à autoria.

O valor inicial da mensalidade Starlink no Brasil é de R$ 185 reais. O kit de instalação custa a partir de R$1.400, mas, de acordo com informações obtidas pela BBC News Brasil, revendedores chegam a cobrar até R$ 5 mil pela antena em locais remotos da Amazônia em grupos de garimpeiros.

Fonte: G1

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