Município registrou recentemente 8 casos da doença
O deputado Ismael Crispin (Sem Partido) apresentou um requerimento ao governo do estado de Rondônia, direcionado também ao secretário de estado Chefe da Casa Civil e à Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), solicitando a realização de uma pesquisa que vise identificar as causas para um possível aumento na incidência da doença congênita plagiocefalia no estado, particularmente na região da Zona da Mata, e mais precisamente no município de Rolim de Moura.
Em sua justificativa, Crispin alertou sobre a alta incidência da plagiocefalia coronal, que é de cerca de 1 para cada 10.000 nascidos. “Preocupantemente, o município de Rolim de Moura registrou recentemente 8 casos da doença. A plagiocefalia é uma enfermidade congênita que pode ser detectada antes mesmo do nascimento devido ao formato da cabeça do bebê. O tratamento cirúrgico é crucial, principalmente no primeiro ano de vida, e um diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações que podem incluir riscos cerebrais e alterações oftalmológicas”, disse.
Resposta
Em resposta ao requerimento do deputado, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que a Vigilância Epidemiológica Estadual ainda não tem notificações no sistema. Entretanto, um processo investigativo foi iniciado, considerando o risco de subnotificação.
Segundo informações da resposta, existem duas formas de plagiocefalia: a verdadeira, que é uma doença congênita resultante do fechamento precoce das suturas cranianas, e a falsa ou postural, que ocorre devido à posição durante a gestação ou parto. Esta última, geralmente, é revertida nos primeiros meses de vida com medidas corretivas de posicionamento.
A Sesau aguarda a conclusão da investigação epidemiológica para determinar a natureza exata dos casos relatados. No entanto, a secretaria reforça a importância de diferenciar os tipos de Plagiocefalia e de notificar corretamente os casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Texto: Laila Moraes / Assessoria parlamentar
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