A Meta, companhia de Mark Zuckerberg, dona do Facebook e do Instagram, lança na quinta-feira 6 o Threads, um aplicativo para concorrer com o Twitter, a rede social de Elon Musk.
Setores da imprensa internacional dizem que Zuckerberg, com o novo aplicativo, busca tirar proveito dos problemas do Twitter e atender ao desejo de figuras públicas que querem “uma plataforma mais sensata”. Na lista de possíveis usuários divulgada pelo Instagram, há os nomes de Dalai Lama e de Oprah Winfrey.
Musk, que comprou o Twitter em novembro do ano passado, revelou centenas de problemas de gestão da companhia, que teria censurado inúmeras postagens durante a pandemia de covid-19, especialmente as que tentavam discutir a eficácia e a segurança das vacinas e a efetividade dos lockdowns.
O bilionário também devolveu o perfil a páginas conservadoras, bloqueadas pela gestão anterior, e a figuras de direita, como o ex-presidente Donald Trump, banido depois que o Congresso norte-americano foi invadido no começo de 2021, e o psicólogo canadense Jordan Peterson.
Críticos de Musk alegam que houve afrouxamento das políticas de moderação de conteúdo do Twitter — agora os próprios usuários é que rotulam informações como incompletas ou não verdadeiras. Alguns também reclamam de uma taxa de assinatura mensal para o reconhecimento da autenticidade da conta.
Os atuais rivais do Twitter, como Mastodon e Bluesky, são incipientes e ainda não são considerados alternativas viáveis. O Instagram vem divulgando há meses o Threads com várias celebridades e influenciadores, com o objetivo de conseguir seguidores quando for lançado.
O Threads deve funcionar de forma semelhante ao Twitter, com postagens baseadas em texto que podem ser curtidas, comentadas e compartilhadas. As pessoas poderão seguir as contas que já seguem no Instagram e manter o mesmo nome de usuário.
A Meta tem uma longa história de “emprestar” ideias de concorrentes — e nem sempre funcionou, afirma a Bloomberg.
Mais de 3 bilhões de pessoas usaram diariamente pelo menos um dos aplicativos da Meta —Facebook, Instagram e WhatsApp — no primeiro trimestre do ano, de acordo com dados de abril, citados pelo portal.
Fonte: Revista Oeste
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