O Ministério da Saúde – MS, por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena – DSEI, enviou uma carta de agradecimento à Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania – Sesdec e Gerência de Aviação de Estado – Gave, pelo serviço aeromédico prestado a um indígena de 11 anos, da tribo Suruwaha, no início deste mês, na comunidade indígena Suruwaha, localizada em uma área isolada na cidade de Lábrea (AM).
Na carta, o coordenador do DSEI Médio Rio Purus Antônio Cícero Santana, elogiou e agradeceu a atuação da Sesdec, por intermédio do Núcleo de Operações Aéreas – NOA e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu. “O DSEI Médio Rio Purus agradece Vossa Senhoria e sua equipe pela dedicação e afinco com que atuaram em nosso território. A união tem nos dados energia para continuarmos e desejamos que futuras parcerias possam ser firmadas em favor dos povos indígenas”, enfatizou.
O titular da Sesdec, Felipe Vital ressaltou a importância nos cuidados com a vida da criança. “Foi com grande preocupação e responsabilidade, que recebemos a solicitação de resgate da criança indígena da etnia Suruwaha, vítima de um acidente com uma cobra Jararaca. Nossa prioridade foi garantir a segurança e o bem-estar, tanto da criança quanto de seus pais”, destacou.
O tenente-coronel Rachid Sallé, comandante da aeronave evidenciou que, no atendimento foram salvas três vidas. “Cabe ressaltar que, conforme relatos dos técnicos da Secretaria de Saúde Indígena – Sesai, responsáveis pela aldeia nessa etnia, quando um filho morre os pais se matam, assim a Sesdec pode cooperar juntamente aos demais envolvidos, para a preservação das três vidas”, lembrou.
O RESGATE
A Gerência de Aviação de Estado foi solicitada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Médio Purus, localizado em Lábrea, para resgatar uma criança indígena de 11 anos. A equipe decolou 30 minutos após a solicitação. Considerando a distância de 320 quilômetros de Porto Velho, onde a aeronave estava baseada e a autonomia limitada do helicóptero, foi planejado o envio rodoviário de combustível de aviação para a referida cidade, que fica a 400 quilômetros de Porto Velho, Assim, a aeronave pode pousar na cidade para desembarcar o indígena e receber o reabastecimento.
Além disso, foi necessário solicitar o apoio de um médico emergencista voluntário, Júnior Beloti, do Samu, para acompanhar a missão. Ao chegar na aldeia, o indígena apresentava sangramento gengival e fortes dores, sendo então conduzido para Lábrea, onde recebeu o tratamento médico inicial. É importante ressaltar que, essa foi uma ação que destaca a importância da prontidão e colaboração entre diferentes instituições e profissionais para salvar vidas em situações de emergência, especialmente em áreas de difícil acesso.
Texto: Gerlen Oliveira
Fotos: Tenente-coronel Rachid Sallé
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