De Porto Velho para Belo Horizonte tomando um voo com desembarque apenas no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. E para o Recife e Salvador? Só quem viaja com frequência da Região Norte para essas regiões, entende o que é um voo sem ‘conexão’.
A companhia Aérea Azul depois de muita insistência acrescentou na sua rota os voos, permitindo que os rondonienses e rondonianos pudessem usufruir da acessibilidade aérea, mas foi forçada a suspender os serviços porque já não aguentava mais a enxurrada de judicializações direcionadas pelos usuários contra a companhia.
Levantamento, divulgado pelo site G1, descreveu os usuários daqui representando os 62% dos processos direcionados para a empresa em todo o país. Pasme. Em 1 ano, os rondonienses processaram a Azul cerca de 15 mil vezes. As ações judiciais superam até mesmo 133 processos diários.
Para toda ‘ação’ existe uma reação.
Com o corte, o passageiro que desejar fazer um ‘date’ até ali em Manaus numa rota normal de apenas 1 hora, agora precisará ir para o Distrito Federal em Brasília e só depois para a capital do Amazonas.
Só para ter ideia, a viagem de Porto Velho a BSB demora em média 4 horas. A Azul informou que vai manter a rota Porto Velho Rio Branco, Cuiabá e Manaus.
A Azul admitiu o exagero de processos pelos rondonienses e explicou por meio de funcionários da empresa ao site AEROIN, no Aeroporto Governador Jorge Teixeira de Oliveira que “boa parte dos voos eram preenchidos com passagens pagas com vouchers dados pela companhia em decorrência dos acordos judiciais”.
Gol também corta voo.
No embalo da Azul, a Gol Linhas Aéreas também suspendeu a rota Porto Velho Manaus Amazonas. A Gol, alega que recebe em torno de 10 processos por dia por passageiros do estado.
Na nota enviada ao site G1, a Gol informou “que, na comparação de sua malha aérea de julho/23 x maio/23, reduziu em 48% a oferta de assentos no estado de Rondônia e cancelou os voos de Porto Velho para Manaus. A alta judicialização enfrentada pela Companhia em Rondônia é um fator decisivo para o encolhimento das operações da GOL no estado e, ainda, um desestímulo para a manutenção dos serviços. Neste momento, não há previsão para retomar a oferta em Porto Velho.”
Por Emerson Barbosa - ƒ
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