O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem expressado a interlocutores o temor de ficar pelo menos quatro anos fora do poder e de ver sua liderança política esvaziada.
TEMPO
Mesmo quando lembram que ele teve praticamente a metade dos votos válidos, ou 58,2 milhões de sufrágios, e que isso o qualifica para ser a principal figura de oposição a Lula (PT), o presidente afirma que quatro anos é um período muito longo para qualquer liderança –ainda mais quando está sem a caneta e longe da cena principal do teatro político.
LISTA
Derrotado, Bolsonaro passou a conviver com a perspectiva de que novas lideranças se firmem no campo da direita.
PRIMEIRO LUGAR
A mais citada delas é o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Se fizer um bom governo, ele poderia aglutinar parte da direita em torno de seu nome –com a vantagem de ter um perfil menos radical e mais palatável a setores que, apesar de conservadores, hoje rejeitam Bolsonaro.
SEGUNDO LUGAR
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também entra na lista de possíveis lideranças que poderiam, com o passar do tempo, desbancar Bolsonaro.
E AGORA?
Nas conversas, o presidente expressa também temor do que pode acontecer a ele no curto prazo na Justiça. Ele responde a quatro inquéritos no STF.
O DEPOIS
Em agosto, a coluna revelou que Bolsonaro teme ser preso depois que deixar o cargo. A interlocutores, ele afirma que reagirá –e que não será detido com facilidade.
O presidente do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa), Hugo Leonardo, recebeu convidados em jantar beneficente realizado pela entidade no Lions Nightclub, em São Paulo, na noite de quarta (23). Os advogados e ex-presidentes do instituto Augusto de Arruda Botelho e Dora Cavalcanti compareceram. A advogada Priscila Pamela também passou por lá.
Fonte: Folha de São Paulo
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