Mais uma etapa importante para o aproveitamento do gás natural do Estado foi realizada nesta segunda-feira (21) com a assinatura do memorando de entendimento entre o Governo de Rondônia e a Empresa Brasileira Integrada de Energia (Eneva), premiada como uma das empresas mais transparentes do País.
A cerimônia ocorreu no auditório Jerônimo Santana, no Palácio Rio Madeira (PRM), em Porto Velho, com a presença dos secretários de Estado e membros da empresa de energia, e sinaliza um esforço conjunto para estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira para fornecimento de gás natural ao Estado.
O diretor das relações externas da Eneva, Damian Popolo, explicou o que fez a empresa se interessar pelo Estado. ‘‘Temos um grande plano de comercialização do gás natural em Rondônia porque enxergamos nesse Governo um dinamismo, uma seriedade e uma forma de trabalhar pouco comum no Brasil; ficamos impressionados com essa vontade muita grande de fazer as coisas acontecerem, isso nos contagia. Antes, ninguém sabia nem onde era Rondônia, agora todos querem trabalhar neste Estado’’, destacou.
MODERNO MARCO LEGAL
O interesse do setor privado pelo mercado do gás natural de Rondônia é resultado do novo marco legal regulamentário para o setor, considerado um dos mais modernos do País, e que está contemplado pela Lei Estadual nº 5.228.
A nova lei traz mais concorrência, agilidade e eficiência para o mercado de gás natural. ‘‘O Governo por meio de suas ações está transformando o Estado, e fico extremamente feliz de Rondônia ser hoje um local onde os olhares dos investidores estão se voltando, pois isso gera emprego e renda para a população e desenvolvimento para o Estado. Rondônia ainda será o melhor estado do País’’, afirma o governador Marcos Rocha.
O gestor da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Sérgio Gonçalves, destacou que buscar maneiras de avançar no setor de gás natural em Rondônia é um trabalho que está sendo desenvolvido pela pasta desde 2019 quando o Governo sinalizou o interesse de que o Estado tivesse todo o seu potencial em gás natural aproveitado para gerar desenvolvimento.
‘‘Fizemos um levantamento de informações sobre o setor, e o Ministério de Minas e Energia nos ajudou muito a conhecer esse mercado mais profundamente; também fizemos contatos com o setor privado, com o interesse de aplainar o caminho para o mercado de gás natural, pois o Governo tem essa postura de viabilizar que o setor privado encontre em Rondônia condições de se instalar e assim contribua para o desenvolvimento econômico, tanto que foi criada a lei que abre o mercado para o gás natural’’, disse Sérgio Gonçalves.
ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO
Dando transparência as etapas do plano de comercialização do gás natural em Rondônia, o diretor das relações externas da Eneva explicou que a dinâmica da instalação do empreendimento energético envolve na primeira etapa o fornecimento do gás vindo de outro local onde já se explora, que no caso da empresa, é do Amazonas, e a segunda etapa, é a da exploração local.
‘‘Hoje nós operamos a maior rota logística do gás natural liquefeito do Brasil e é uma das maiores do mundo. Nós temos um campo de gás no estado do Amazonas, chamado Azulão, de onde o gás é transportado em carretas criogênicas até a cidade de Boa Vista, em Roraima. E essa é a referência do que pode ser possível em Rondônia, caso os estudos apontem que é viável’’, explica Damian Popolo
‘‘Então o nosso primeiro passo é estudar a hidrovia do Madeira como opção logística e depois qual será o melhor uso a ser feito do gás no Estado. E em segundo momento, quando for criada condições financeiras, ou seja, a empresa ter receita própria em Rondônia, então há a possibilidade para investirmos em testes exploratórios no Estado, para não precisar trazer o gás de longe’’, completa.
O diretor explicou que essa estratégia de trabalho já foi feita no Maranhão, por onde a empresa começou a operar, e no Amazonas. ‘‘No Maranhão, quanto mais conseguimos gerar receita, mais conseguimos fazer a exploração no campo. No Amazonas, aconteceu a mesma coisa, e Roraima caminha para isso também. E em uma segunda fase em Rondônia, esse será até um caminho natural, e o que motiva tudo isso no Estado foi a grande mudança que esse Governo promoveu’’.
ROTA COMERCIAL ESTRATÉGICA
Damian Popolo destacou assim que a assinatura do memorando significa o início da fase dos estudos de viabilidade do projeto para o desenvolvimento do mercado de gás natural no Estado, e que estima apresentar o projeto até o final deste ano. Ele ainda pontuou as vantagens que Rondônia possui para o mercado de gás natural.
‘‘Vamos analisar a viabilidade ambiental, logística e financeira para trazer gás natural para o Estado de Rondônia, e buscamos apresentar o nosso projeto ainda este ano. Percebemos que há reservas de gás natural nesta região amazônica, mas Rondônia se destaca por ocupar um lugar absolutamente estratégico para o setor energético brasileiro, pois, Porto Velho é o portão de entrada do maior linhão do Brasil, e também a porta de entrada do que poderia ser a maior hidrovia do mundo quando o assunto é transporte do gás liquefeito por balsas’’.
Popolo anunciou ainda que: ‘‘Não existe local natural mais estrategicamente adequado para transformar gás amazônico em energia para o Brasil do que o Estado de Rondônia, e é por isso que estamos fazendo essa parceria para empregar os melhores esforços para tornar isso uma realidade. Os primeiros resultados dos estudos apontam que é possível sim, tentar a viabilidade de uma rota do gás amazônico, que tenha Rondônia como o ponto principal’’.
A boa notícia para o setor energético deve gerar uma revolução no crescimento econômico do Estado. ‘‘Rondônia já é o quarto Estado com o menor índice de desemprego do Brasil, e a abertura do mercado do gás natural significa mais qualidade de vida para os rondonienses, pois irá refletir em um melhor índice de desenvolvimento humano em Rondônia. É um marco para o nosso Estado’’, reforça o governador Marcos Rocha.
Texto: Vanessa Moura
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia
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