As nascentes são importantes, pois elas servem para abastecer as represas, acabar com a sede dos animais e auxilia na irrigação das lavouras
Implantando um processo de preservação e recuperação de nascentes, o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) tem buscando beneficiar produtores rurais ao terem nascentes recuperadas em suas propriedades. Este processo tem sido promovido através do projeto de recuperação de nascentes implementado pela Sedam, na proposta de promover a conservação dos mananciais hídricos de Rondônia. No último sábado (22) os trabalhos se concentraram nos arredores do município de Cacoal para recompor a vegetação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) de nascentes e outras degradadas ou alteradas. A visita teve como objetivo o reconhecimento da região para estudos e diagnósticos que possibilitem a elaboração de projeto para recuperação de nascentes da região.
Em visita a Estância D-2, na Linha 5 Km 5 em Cacoal, o secretário estadual do Meio Ambiente, Marcílio Leite, ressaltou a importância das ações que promovem a recuperação ambiental, observando as necessidades para melhoria da qualidade da água da comunidade. “A cada visita que faço nas áreas onde estamos realizando o processo de recuperação, me convenço que este projeto de proteção das nascentes tem trazido resultados positivos as terras dos pequenos agricultores”, afirmou.
Essa é uma prática que visa recuperar uma nascente que se encontra com fluxo de água baixo ou até mesmo irregular
As equipes da Sedam realizam visitas às propriedades, com o apoio da equipe técnica do projeto, onde a área da recuperação é classificada como sendo nascente, fonte ou vereda, para ser trabalhada ainda nesta etapa a conscientização dos produtores rurais e familiares.
As nascentes são importantes no meio rural, pois elas servem para abastecer as represas, acabar com a sede dos animais e auxilia na irrigação das lavouras, com isso, a maior preocupação com a recuperação das nascentes.
Jorge Murer, técnico da Secretaria Municipal de Agricultura de Cacoal, explica que a recuperação da áreas degradadas realizadas pelos proprietários é uma iniciativa para que outros produtores façam a manutenção de suas terras de forma correta. “Fiz questão de trazer o secretário Marcílio nesta propriedade, porque é um exemplo para outros proprietários rurais. Os donos deste lugar fazem corredores ecológicos, cuidam das APPs, plantam matas auxiliares, de forma bem consciente do ponto de vista ambiental. Com esta iniciativa, cada um poderá desenvolver a ação em sua propriedade”, explicou.
A agricultora Cleide Caetano, proprietária da Estância D-2, disse que o trabalho de recuperação da nascente é um exemplo simples de como pequenas ações podem melhorar a natureza , e que a comunidade rural de Cacoal está empenhada em cuidar de suas terras. “Nós da área rural somos muito beneficiados com este projeto, pois recebemos orientações e ajuda na preservação dos rios e nascentes que temos aqui, então fazemos de tudo para cuidar das terras, das nossas arvores e dos rios” afirmou.
Os objetos do museu de memórias no sítio são usados para estimular a cultura e a consciência sustentável entre a comunidade
Dentre as propostas de atividades de recuperação para 2022 estão previstas o início dos trabalhos de recuperação das microbacias hidrográficas dos rios Araras (Cerejeiras) e Palmeiras (Espigão do Oeste) bem como a entrega do diagnóstico ambiental da bacia do igarapé Tinguí (Alta Floresta do Oeste); além do início de estudos em outras bacias existentes que estão com problemas de falta de água para o abastecimento público de cidades do Estado.
MUSEU FAMILIAR
Um dos atrativos culturais no município de Ministro Andreazza, é o Mini Museu de Memórias da Família Salles Caetano, localizado dentro da propriedade da agricultora Cleide. O museu aberto para visitação da comunidade tem objetos de antiquarias da família, e que são usados para recordar memórias da cultura e história de Rondônia como: malas de viagem, com 60 anos; máquina manual de costura de 150 anos; rádio de 80 anos; e até um moedor de café com mais de 200 anos. O objetivo é contar a história e evolução de alguns equipamentos e utensílios do dia a dia, que são preservados pela família, assim como a natureza.
Fonte
Texto: Jaqueline Damaceno
Fotos: Miro Costa
Secom - Governo de Rondônia
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