Mil Dias de Gestão: Rondônia investe mais de R$ 20 milhões em serviços de defesa sanitária agrosilvopastoril

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Andreazza Noticia

Mil Dias de Gestão: Rondônia investe mais de R$ 20 milhões em serviços de defesa sanitária agrosilvopastoril


Ministro Andreazza, Rondônia - Os mil dias de governo da gestão Estadual foram repletos de conquistas para o agronegócio rondoniense. Destaque para a pecuária que, por conta dos investimentos e ações do Governo de Rondônia, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), alcançou o status sanitário de área livre de febre aftosa sem vacinação, com reconhecimento internacional da OIE (Organização Mundial da Saúde Animal).

Além de cumprir todas as ações sanitárias previstas no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa (Pnefa), o governo do Estado reequipou a Idaron com veículos e barcos novos, um avião anfíbio, reaparelhou as unidades de fiscalização e modernizou todo o sistema de tecnologia da informação da Agência, com troca de computadores e ampliação do poder de armazenamento, processamento e backup do sistema on-line.

“Cumprindo o que foi determinado pelo Ministério da Agricultura, com chancela do governador Marcos Rocha, a Idaron reforçou sua capacidade de fiscalização por terra, água e ar na região de fronteira. Além da renovação da frota, a Agência construiu dois novos postos de fiscalização e instalou sistema de monitoramento por câmeras na divisa com o Mato Grosso”, destacou Julio Cesar Rocha Peres, presidente da Idaron.

Na fiscalização por terra, além caminhonetes e pickups, os técnicos da Idaron agora contam com quatro quadriciclos, que foram entregues às regionais em que há áreas de difícil acesso, Porto Velho, Rolim de Moura, São Francisco e Vilhena. “São veículos que vão melhorar o trabalho de vigilância, combate e controle de doenças em animais e pragas que ameaçam nossas propriedades rurais”, acentuou Julio Cesar. Ainda foram entregues 43 projetores (data show) e 121 aparelhos televisão para as unidades e regionais da Idaron, em todo o estado.

SETOR CACAUEIRO

Depois que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou a detecção de foco de monilíase do cacaueiro, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, na região do município de Cruzeiro do Sul (AC), no dia 8 de julho deste ano, a Idaron iniciou uma série de ações de vigilância na divisa e região do Acre, em colaboração com a agência acreana, para prevenção da praga e proteção das lavouras cacaueiras e de cupuaçu em Rondônia.

“As equipes têm se alternado no posto da Tucandeira, dando total apoio a equipe lotada no posto, e realizando barreiras volantes, com mais de 126 horas de barreira”, destacou coordenador do programa de vigilância e controle de pragas da Idaron, João Paulo de Souza. A estratégia, para levantamento e detecção do fungo inclui ainda o cadastramento de pontos de área de risco, prioritariamente nas áreas urbanas dos municípios de Rondônia.

Também será realizado levantamento cadastral de comerciantes de amêndoas de cacau, com objetivo de controlar a origem e o destino das amêndoas adquiridas pelo mercado regional. A medida visa ainda obter informações sobre a qualidade e os procedimentos adotados no recebimento e armazenamento das amêndoas.

SOJICULTURA

Nesses mil dias, Rondônia também se firmou na produtividade agrícola, despontando entre os três maiores produtores de grãos da Região Norte e conquistando o 14° lugar no ranking de produção de grãos do Brasil.

Destaque para a soja que, com 397 mil hectares plantados, em mais 1,7 mil propriedades rondonienses, fechou 2020 com uma colheita superior a 1,3 mil toneladas, o que resultou em mais de R$ 33 milhões em exportações, segundo divulgou a edição de julho do boletim Agro, da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). Com aumento de 0,79% na produção, em relação a maio do ano passado, a exportação de milho também deu um leve salto em 2020, fechando o período com R$ 1,4 milhões em vendas e mais 1,07 mil toneladas produzidas.

Vale destacar que o crescimento do setor produtivo agrícola tem impulsionado outras culturas na pecuária rondoniense, como a suinocultura, a produção de aves e aquicultura, com foco especial na criação de peixes. Dados do Governo do Estado apontam que, no ano passado, a comercialização de suínos e derivados do animal rendeu mais R$ 1,17 milhões a Rondônia. No mesmo período o comércio de frangos movimentou mais de R$ 326 milhões, com ênfase também na produção de ovos, que teve rendimento anual de R$ 51,7 milhões em 2020.

Dentro da piscicultura, Rondônia tem destacado-se na produção de tambaqui em regime semi-intensivo. No ano passado, de acordo com a Seagri, o estado produziu 65.500 toneladas do pescado. A produção tem enorme potencial de crescimento devido a grande disponibilidade de recursos hídricos na região e a participação massiva dos pequenos produtores. Nos últimos três anos, por exemplo, Rondônia ampliou a área destinada à piscicultura e, atualmente, conta com cerca de 16 mil hectares de espelho d’água, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

SUINOCULTURA

O estado de Rondônia possui 310 propriedades cuja a atividade comercial inclui a criação de suínos. Outras 22.676 explorações pecuárias trabalham com suinocultura, mas com a finalidade de subsistência. Todas essas iniciativas pecuárias são acompanhadas de perto pela Idaron.

Além do monitoramento sorológico semestral, a Agência mantém o serviço de vigilância ativa nas propriedades em que há atividades ligadas a suinocultura. “O governo tem uma meta mensal que é cumprida rigorosamente pelos servidores da Idaron, em apenas seis meses, de janeiro a junho desse ano, já foram realizadas quase mil visitas aos criadores de suínos”, destaca Julio Peres.

PECUÁRIA

O crescimento da produção agropecuária também inclui a criação de bovinos e bubalinos, maior filão de negócios dentro da pecuária rondoniense. Em 2015, o rebanho geral do Estado, incluindo gado de leite e de corte, era formado por 13,4 mil cabeças de gado, hoje, em 2021, esse número saltou para 15,1 mil cabeças, o que torna Rondônia a região com maior rebanho do Brasil dentro das áreas que são reconhecidas internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação. “É certo lembrar que esse crescimento não indica exatamente que mais áreas de pasto foram formadas, muito desse crescimento se deve a ‘tecnificação’ das propriedades, com mais áreas de confinamento e melhoria no sistema de produção”, avalia Julio Peres.


Texto: Toni Francis
Fotos: Toni Francis, João Paulo e Rodrigo de mello
Secom - Governo de Rondônia

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