A mulher identificada pelas iniciais [R. G.], 22 anos, acusada de matar e esquartejar o próprio filho, de 5 meses, questionou várias vezes se ficará em uma cela com outras detentas. É o que conta o delegado Yuri Medeiros, responsável pela prisão da jovem. “Ela questionava se ia ficar junto de outras presas porque sabe que na comunidade carcerária esse tipo de crime não é aceito”, contou.
Desde que foi presa, a mãe da criança apresentou duas versões para o crime, mas afirma não ter amputado o bebê. “Ela fala que enterrou o filho inteiro, sem nenhum membro decepado. Ela não sabe explicar”, explicou o delegado.
“A versão dela é que foi dormir na noite anterior a morte do filho e por volta das 2h teria alimentado ele, trocado de roupa, enfim. Disse que acordou por volta das 5h com ele no berço ao lado dela e teria se deparado com ele roxo, sem vida. Ela diz que nesse momento, levada pela emoção, não raciocinou direito e teria enterrado a criança no local, inclusive, que segundo ela, onde o cachorro se abrigava”, acrescenta.
Para o delegado a versão apresentada pela suspeita é pouco crível. “Em caso desses, de morte natural, o esperado, ainda mais considerando uma mãe, é procurar o hospital, chamar a polícia. Já nos deparamos com caso que a mãe chegar com a criança morta no hospital na esperança ainda da criança voltar a vida. A história dela [R. G.] não convenceu”, ponderou.
A PRISÃO
A mulher [R. G.] foi presa na terça-feira (18), em Porto Velho, dentro de uma embarcação tentando fugir para Manaus (AM). De acordo com a Polícia Civil, [R. G.] trabalha como garota de programa e dividia a casa com outras duas mulheres. A embarcação em que a suspeita estava chegaria em Manaus na manhã de quarta-feira (19).
Ainda de acordo com a polícia, não há indícios da participação de outras pessoas no crime. A criminosa teria lavado a casa na tentativa de esconder os vestígios do crime, já que a criança teve os membros cortados.
O CRIME
Uma cadela desenterrou o corpo do menino, de cinco meses, no quintal de uma residência rua Itajaí, no bairro Benjamin Raiser, em Sorriso (MT), no início da tarde de segunda-feira (17).
O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição e estava com os braços e pernas amputados. A principal suspeita do crime é a mãe da criança, identificada como [R. G.], de 22 anos.
Foto: Reprodução/Folha Max
Fonte: Folha Max
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